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Onde a coruja dorme é um título sugestivo. Se a coruja estivesse dormindo retrataria uma realidade. Mas, às vezes o real, a realidade vivida, é apenas parte do mundo imaginário, do mundo que cerca o cotidiano atropelado pelas pressas e incertezas. Essa coruja, no caso, de olhos bem abertos, dorme um sono justo e irremediável. Um sono de certezas. Um sono sem as pressas dos acordares. Dos despertares. A coruja é quase uma espetada em nossas realidades frívolas e sofridas. Realidades inconsequentes de transeuntes descuidados, que se deixam enganar pelas aparências, mesmo que essas aparências se nos pareçam um estapafúrdio.
Essa imagem da coruja e seu filhote "dormindo" entre pombos, no alto de uma escadaria metálica, nos cutuca, nos incomoda a imaginação. A ponto de nos levar à fatídica pergunta: é real? É "de verdade"?
Está viva? Está isso... está aquilo???
As respostas: Sim e não.
Sim, ela é real. Sim, ela é "de verdade". Não, ela não está viva.
A coruja é real, de verdade, porém artificial. Criada pelo gênio inventivo de um (uma) artista humano (humana).
Você, que criou a figura, reivindique a autoria. Terei prazer em mencionar seu nome nesse blog se assim o desejar.
Obs. A coruja está no alto da escada que leva à caixa d'água do Colégio Estadual Professor José Maia Vinagre, no Bairro do Maracanã, em Barra do Piraí, RJ.